|
|

Gabinete de Piscologia e Orientação
Pais/filhos – Tempos de desafio
DEUS ABENÇOE
OS PAIS
PRESENTES
Anabela Milheiro, Coordenadora do 9º Ano
Anabela Milheiro, Coordenadora do 9º Ano
No passado dia 13 de Fevereiro realizou-se uma acção para os Pais e Encarregados de Educação dos alunos do 9ºano de escolaridade, da responsabilidade do Gabinete de Psicologia e Orientação e da Coordenação do 9ºano, cientes das dificuldades de relacionamento que o «fosso» de gerações muitas vezes proporciona devido à falta de diálogo e à incompreensão. Por um lado, os pais não conseguem reagir perante a perplexidade provocada pela “síndrome da memória curta”; por outro lado, os adolescentes não conseguem resistir à tentação de quebrar todas as regras ao seu alcance.
Os pais começaram a chegar, amiúde, sacudindo a ansiedade e o frio da noite invernosa, porque ser pai/mãe de um adolescente pode provocar alguns arrepios. Os temas eram aliciantes e pertinentes, a “Educação para os Afectos” e o “Conflito de Gerações”, muito presentes nas questões colocadas ao orador, Dr. Manuel Carreira, Psicólogo Clínico do Hospital de Santo André – Leiria.
A maioria dos pais e encarregados de educação manifestaram a preocupação em relação à forma de educar os filhos e de os “disciplinar”, questionando-se sobre o melhor método a adoptar, modelo mais autoritário ou o mais permissivo: “O que devo fazer quando o meu filho mais velho sai à noite e não cumpre o horário estipulado para o seu regresso?” A resposta pronta do especialista soava razoável e tentadora, o diálogo, a partilha de responsabilidades e a imposição de regras desde cedo são procedimento necessários para o desenvolvimento de um jovem honesto e responsável. “Como devo agir quando o meu filho tem comportamentos censuráveis ou simplesmente não manifesta interesse por nada? Ou ainda, como devo educar os meus filhos, com personalidades diferentes?” A solução parece residir na firmeza das nossas posições, enquanto pais e formadores, nunca abdicando dos nossos princípios e das nossas responsabilidades, mesmo que para tal seja necessário sermos “pais maus”, aceitando-os na sua pluralidade, mas exigindo o cumprimento das regras e dos valores que lhes fomos incutindo.
A hora adiantava-se e o debate ia longo, muito ficou por dizer ou analisar, mas a opinião é consensual: é urgente repensar os modelos e as referências da educação tradicional, considerando que a autoridade em excesso e a falta de comunicação afastam os jovens da família e provocam sentimentos de hostilidade para com o adulto. Os pais, de uma forma geral, interessados e assíduos pretendem estreitar a relação de cumplicidade que já mantêm com a escola e debater estes e outros temas, de forma a compreenderem os problemas que afectam os seus filhos e o meio em que se movem. Por tudo isto, obrigada aos pais presentes.
|