Irmã Lúcia 
Transladação dos Restos mortais para a Basílica de Fátima
Trasladação, Luís Kondor, Vice-Postulador
Uma tia que foi pastora, Francisco Vieira
“Como vejo a Mensagem” (recensão)
“Não ia, porque tinha medo”
9 Testemunhos

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INQUÉRITO 
Qual a sua opinião acerca da Irmã Lúcia – a sua simbologia, o seu envolvimento na Mensagem de Fátima –, e sobre a transladação do seu corpo para o Santuário de Fátima?
A esta pergunta responderam no dia 19 de Fevereiro duas professoras, convidadas pelo aluno do 12º H Johnny Santos.
Um momento de muita emoção
Ester, Professora de Matemática (residente em São Paulo, Brasil)
“É o momento de revelar a nossa fé, visto que a Lúcia representa a fé, mas também uma esperança, e tendo ela sido uma menina tão humilde, modificou praticamente Portugal, porque com a fé e persistência dela e dos outros dois pastorinhos, fez com que tudo isto se transformasse e tomou esse lugar sagrado, o Santuário, que traz muitos peregrinos. Ela foi uma pessoa importante, uma propulsora para isso... Acima de tudo, é um momento de muita emoção, de mostrar a nossa fé católica, em que acreditamos que Maria é a intercessora, que veio por intermédio de Jesus, para nos ensinar, para nos levar até ele; Lúcia, ao responder “sim” aos pedidos de nossa Senhora, tomou-se sua “serva”. Estar aqui neste dia foi, para mim, um presente de Deus pois acredito que Maria esteve aqui, que eles a viram e que ela é um sinal que Deus enviou para nós; creio que Maria intercedeu pela conversão e a Lúcia, a Jacinta e o Francisco foram também impulsores dessa causa. Ela teve a revelação do término do comunismo, ela rezava pelo papa João Paulo II e era a fortaleza dele: quando ela morreu ele morreu logo pouco tempo depois. Quando li o seu livro passei a admirá-la ainda mais, porque foi aí que eu vi a vida de santidade que ela levava, todo o seu sofrimento, a aparição em que ninguém acreditava, nem a mãe; passou por provações que uma criança jamais suportaria, mais ela, porque os pais da Jacinta e do Francisco acreditavam neles, mas a mãe da Lúcia não acreditava, tinha medo, e sofreu por isso muito em vida; por essa razão, creio que ela se vá logo tornar santa, até porque ela foi uma «escolhida de Deus», à semelhança dos primos, Jacinta e Francisco. Isso é o que eu sinto.”
Ela foi a Testemunha
M. Rogélia de Araújo CatarinoProfessora de História, (residente em Espinho, Porto)
“É um dia importante para as pessoas que têm fé, para quem acredita na mensagem de Fátima porque há muitos católicos praticantes para os quais Fátima não lhes diz nada, e até mesmo padres que dizem que Fátima não é nada... Para mim é muito, a mensagem de Fátima diz-me muito e, por essa razão, hoje senti uma grande emoção, porque nunca pensei em assistir a uma cerimónia tão comovente como esta. Chovia, porém, não senti chuva, não senti frio, eu não senti nada; parece que me levaram para outra dimensão, uma dimensão sobrenatural, talvez, não sei explicar por palavras aquilo que senti. Relativamente à mensagem, quando se deram as aparições de Nossa Senhora estávamos a viver uma época de puro ateísmo, em que ninguém acreditava; aliás a igreja católica foi acusada de ter criado este mito. No entanto, a mensagem passou, foi-se fortificando ao longo dos anos e cada vez penetra mais no coração das pessoas. Em relação a Lúcia, ela concentrava em si, efectivamente, uma imagem simbólica especial, porque era dos três videntes a única que conseguia falar directamente com Nossa Senhora: ela via-a e ouvia-a; a Jacinta via-a mas não a ouvia; era, por isso, a interlocutora de Nossa Senhora. E até quando nos deparávamos com a figura dela, quando aparecia na televisão, olhávamos para ela e ela tinha, realmente, qualquer coisa de diferente. Até o clima que se vivia hoje no Santuário era diferente... Ela foi a testemunha, por assim dizer, daquilo que se passou; e é preciso ter muita fé e coragem para estar ali hoje num dia como este.”
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